Querido Diário;
(Fundo musical pode ser “In my life” dos Beatles)
Não interessa quando e nem quem, o fato é que em nossa vida nos ligamos às pessoas, criamos laços afetivos. Às vezes, a ‘maré as circunstancias’ nos empurra pra outros rumos e nos perdemos dessas pessoas que nos eram tão afetas. Mas esse “perder” não é que perdemos o endereço, telefone, estamos impossibilitados de nos comunicar. Não. Estas pessoas às vezes estão muito próximas de nós. Mas perdemos a intimidade, não há mais aquele o calor amigo, a ansiedade de contar aquela bobagem ou aquele acontecimento sério que parece que fez com que o mundo acabasse definitivamente.
Na teoria do San-Exupéry, pessoas passam por nós e deixam um pouco delas pra nós. O lado bom dessa história toda é que como também passamos pela vida das pessoas deixamos alguma coisa (ou não), porém, nunca sabemos para quem deixamos algo. Será que marquei a vida de alguém? De quem? Como? Gostaria tanto de ter sido importante para tal pessoa como ela foi pra mim. Sabe, acho que estou com crise de San-Exupéry.
Fato é que estamos cada vez mais distantes uns dos outros. É difícil ter tempo de enviar um e-mail para seu amigo dizendo: “Oi, sinto muita falta daquele tempo que podíamos livremente conversar até altas… Te amo demais”. Imagine receber isso numa manhã cinzenta?
Há outra categoria de seres, aqueles a quem os nossos corações insistentemente resolveram empacar como uma mula e dizer: “me apaixonei por este”. Pode ter sido platônico, correspondido ou não. O platônico, menos mal, pois, idealizamos e depois se desfez como castelos de areias. Caso a paixão passada tenha sido mais ou menos correspondida, seja do tipo “linha cruzada”, sabe? Quando os dois não conseguem se compreender e se aceitar, neste é pior se algum dos envolvidos não é gentil o suficiente para compreender que relacionamentos humanos não sobrevivem somente de paixões, mas de afeto, empatia, simpatia, afinidades, cabem na palavra amizade. Eu lamento.
Pessoas assim passam por nossas vidas e às vezes nos sentimos pesadas com tanta coisa que nos deixam (Ah San-Exupéry). Mas há leveza em algumas coisas que nos deixam também, como uma brisa leve, como alfazema, alecrim! Uh!
Agora digo, dou o recado na primeira pessoa: Para aqueles que passaram por minha vida, mesmo que não saibam que passaram e também para aqueles que passaram por suas vidas, amo todos vocês. Nunca estamos sós!
Nunca sabemos quando vamos marcar a vida de alguém. Portanto, estejam preparados.
In my life, I Love you more…
P.
tão da hora quanto interessante……………………..abçss poly