Ninguém o virá habitar!
A ninguém transmitirei esse amor
Puro e perfeito, que nada exige ou reclama.
A ninguém poderei dar o meu carinho paterno.
E a minha experiência de criança voltará comigo
Para a grande noite próxima.
Os meus pobres traços, não os herdará ninguém.
E desaparecerei contigo – ó tu que não vieste jamais
E que sinto misterioso e vivo, ao afagar cabelos que não cresceram
E mãos que não chegaram a se modelar.
Augusto Frederico Schimidt