Poema


Meu coração paterno está vazio.

Ninguém o virá habitar!


A ninguém transmitirei esse amor

Puro e perfeito, que nada exige
ou reclama.

A ninguém poderei dar o meu carinho paterno.
E a minha experiência de criança voltará comigo
Para a grande noite próxima.

Os meus pobres traços, não os herdará ninguém.
E desaparecerei contigo – ó tu que não vieste jamais
E que sinto misterioso e vivo, ao afagar cabelos que não cresceram
E mãos que não chegaram a se modelar.

Augusto Frederico Schimidt

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Sobre anaylop

Sou um instantâneo das coisas apanhadas em delito de paixão a raiz quadrada da flor que espalmais em apertos de mão. ... Sou uma impudência a mesa posta de um verso onde o possa escrever "A defesa de um poeta" N. Correia
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